Você já ouviu falar em urbanismo tático? Esse conceito vem ganhando força nas cidades para gerar espaços melhores e resolver problemas urbanos. Com muita criatividade e sem gastar quase nada, tal modelo traz intervenções de curto prazo que levam a soluções definitivas.
Quer saber como ele funciona? Confira no post a seguir!
O que é urbanismo tático?
A palavra tático está relacionada a algo feito com tática. Ou seja, no planejamento se usa uma habilidade, ferramenta ou recurso — uma tática — para alcançar o objetivo. Isso é exatamente o que acontece com o urbanismo tático.
Criado por volta de 2010, esse termo se refere a um movimento no qual os espaços públicos são repensados. Neles, ocorrem intervenções com a finalidade de aproximar as pessoas do espaço e resolver problemas locais. Assim, é possível determinar que tipo de alteração esses lugares necessitam para que se tornem úteis e melhores. Além disso, as pessoas são incentivadas a viverem mais em comunidade, em um ambiente para todos.
Proposta
A intenção do movimento é melhorar a vida das pessoas e a ocupação dos espaços públicos. Dessa forma, algumas de suas características são:
- participação da comunidade para sugerir e fazer intervenções, além de avaliá-las;
- uso de materiais reaproveitáveis e ideias fáceis e baratas de aplicar;
- rapidez para criar e instalar soluções;
- busca pela sustentabilidade.
Como aplicar esse tipo de urbanismo?
Não é à toa que o urbanismo tático também é conhecido como acupuntura urbana. Afinal, são medidas temporárias, mas precisas. Diante disso, existe uma infinidade de maneiras de aplicá-lo.
Arte de Rua
O urbanismo tático oferece grandes oportunidades para a arte de rua. Ela tanto pode aparecer como decoração, em painéis ou no chão, como também ajudar na segurança. Nesse caso, são vários os exemplos onde a arte de rua serve para destacar pontos de travessia de pedestres ou aumentar as calçadas, tornando-as mais seguras.
Espaços
É a partir dos espaços que as intervenções são pensadas. Ou seja, o urbanismo tático traz a personalização e permite que ela seja editável. Desse modo, se uma solução é aplicada e não dá certo, pode ser facilmente readaptada.
Por exemplo, é possível ampliar calçadas e criar ciclovias usando recursos como tintas ou cones divisores. Caso a solução prejudique o fluxo de trânsito ou não seja a mais apropriada, basta removê-la e repensar o espaço a partir do que não funcionou.
Móveis inteligentes
Outra boa forma de aplicar o urbanismo tático é com os móveis inteligentes. Além de bonitos e diferentes, são personalizados conforme a necessidade do local e usam recursos sustentáveis. Por exemplo, em um cruzamento perigoso, é possível construir uma pequena praça com bancos de pallets. Ou, ainda, empregar estruturas metálicas recicláveis como suportes para plantas ou luzes, deixando o local mais fresco e seguro.
Por que usar o urbanismo tático?
O urbanismo tático é um meio simples, mas que proporciona ótimas soluções, certo? Afinal, os espaços públicos são de todos e devem servir para que as pessoas transitem por eles com segurança e encontrem neles um jeito de vivenciar a cidade. Sendo assim, existem diversas razões para aplicar esse conceito nas cidades:
- segurança: quando um espaço é bem ocupado e planejado, não oferece riscos à população;
- áreas agradáveis: com esse tipo de urbanismo, a ideia é que as pessoas possam aproveitar a cidade em comunidade;
- sustentabilidade: alcançada não só pela reutilização de materiais, mas também por meio da integração do urbano com a natureza, deixando as cidades mais agradáveis de viver nelas.
O conceito de urbanismo tático surgiu há apenas alguns anos, no entanto, ele já tem muito a oferecer. Com ele, as cidades podem propiciar excelentes espaços de convívio para as comunidades. Assim, eles não só se tornam úteis, mas colaboram para criar centros urbanos com mais segurança e qualidade de vida para a população.
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