Na hora de fazer um projeto de decoração, a maioria das pessoas se preocupa com o planejamento dos móveis, organização dos espaços, cores e tendências, e a iluminação é relegada a segundo plano. No entanto, um projeto luminotécnico bem executado é responsável por ressaltar a decoração, ampliar espaços e dar a sensação de aconchego e bem-estar aos moradores daquele ambiente. Pensando nisso, elaboramos este artigo para explicar os tipos de iluminação e a importância desses diferentes tipos existentes. Continue com a leitura e aprenda a aplicá-los de acordo com seu estilo e suas necessidades!
Entenda a importância da iluminação para a decoração
“Projeto luminotécnico” é uma expressão pouco usual, mas que pode mudar a concepção do seu espaço. Trata-se de uma análise da iluminação artificial dos ambientes para trazer mais funcionalidade, beleza, bem-estar e até economia de energia. Aliás, um projeto de iluminação bem executado prima pela menor quantidade de lâmpadas e optar por soluções sustentáveis, que não desperdicem energia, mas que não abra mão do conforto.
Projeto: Muda Arquiteto – Execução: Finger Boa Viagem – Foto: Lucas Rangel Photo
Ele é desenvolvido de acordo com a funcionalidade do ambiente, das ações executadas nele, da presença e tamanho dos móveis e das necessidades e estilos de quem vive ali. Nesse sentido, é fundamental elaborar o projeto no início da sua obra de construção ou reforma, para que um profissional da área possa orientar sobre pontos de luz para realçar móveis e objetos, indicar os tipos de luminárias que forneçam o efeito certo, cor e conforto — planejar tudo isso premeditadamente evita o “quebra-quebra” posterior. Confira agora os 6 tipos de iluminação mais comuns e planeje a aplicação no seu lar!
Conheça 6 tipos de iluminação para usar em casa
A ideia é que você conte com um profissional para orientar e fazer um projeto luminotécnico personalizado, de acordo com suas necessidades. Um quarto pede aconchego e sobriedade, enquanto a cozinha requer uma luz adequada a uma proposta mais funcional. A seguir, abordaremos 6 tipos de iluminação comumente usados e explicaremos como eles podem ser aplicados de acordo com seu estilo e espaço.
1. Iluminação direta
No modelo de iluminação direta, como o nome já diz, a luz é direcionada diretamente sobre algum ponto específico. Ele é ideal para quem precisa de focos de luz em cima de algum objeto, seja em sala de estudos, seja escritório ou consultórios médicos. Você também pode encontrar a iluminação direta em bibliotecas, com luz para leitura, e banheiro ou quarto em que se faça maquiagem, por exemplo.
Em geral, esse modelo é planejado com spots, abajures, luminárias e pendentes — itens que permitem o direcionamento da luz —, e com lâmpadas de LED — que não esquentam e não alteram a cor dos objetos que requerem nossa atenção.
2. Iluminação indireta
Aqui, a luz não é o principal foco deste tipo de iluminação, mas ajuda a ressaltar peças e objetos do espaço. Ela pode ser colocada em detalhes no chão, em forros de gesso, sancas, forros do ambiente com spots direcionados ou arandelas. Para usar esse tipo de iluminação, o ideal é que a superfície de reflexão seja clara, para que possa se distribuir mais intimamente pelo ambiente.
Projeto: Studio Lk – Execução: Edy Planejados
3. Iluminação difusa
Um projeto que conte com a iluminação difusa tem a proposta de iluminar todo o ambiente de forma suave, sem gerar contrastes ou sombras sobre os objetos ou móveis. Esse efeito é conseguido graças a uma espécie de filtro que é colocado sobre a lâmpada — pode ser um vidro, uma peça de acrílico ou com aspecto leitoso — e garante que a luz ofereça a sensação de conforto, sem agredir a vista. Além disso, é bastante utilizada em salas, quartos e banheiros.
4. Iluminação linear
Trata-se de um sistema moderno, em que a iluminação é feita por meio de linhas contínuas de luz. Apesar desse efeito, a luz não agride os olhos, é aconchegante e, quando bem distribuída no espaço, resulta em uma estética bastante interessante. O modelo é bastante usado também para ambientes funcionais.
Execução: Atrativa Finger de Concórdia – Fotos: Júlio Gomes Filho
5. Iluminação de orientação
Iluminação de orientação é aquela que é colocada em um espaço para orientar pessoas durante a sua transição pelo lugar. Ela é leve, mas constante, para cumprir sua tarefa. Em geral, aparece em corredores, escadas, próximo a corrimões, jardins e piscinas. Vale destacar que, para garantir a devida segurança, as lâmpadas devem ficar completamente embutidas.
Projeto: Danieli Bonatto – Execução: Finger Atrativa de Concórdia – Fotos: Júlio Gomes Filho @arquitefoto
6. Iluminação de destaque
Esse tipo de iluminação ajuda a destacar pontos específicos do ambiente ou da decoração. É uma luz mais concentrada, que ajuda a iluminar fachadas, áreas de paisagismo ou aquele quadro lindo que você tem na sua sala. É preciso ter muito cuidado para, no caso de iluminar objetos de arte, não estragá-los.
Projeto: LO Interiores – Execução: Edy Planejados
Veja outras dicas de iluminação
Agora, daremos algumas dicas para que você não cometa erros e tenha mais sucesso na hora de iluminar seus espaços:
evite colocar spots sobre sofás e poltronas, para que a luz não fique sobre a cabeça das pessoas, o que costuma gerar incômodo;
chame a atenção para mesas de centro e aparadores com iluminação de destaque;
crie possibilidades de luz na sua casa, para que você consiga iluminar o ambiente adequadamente em uma festa ou jantar a dois;
ilumine obras de arte por meio de peças e lâmpadas adequadas para esse fim;
use fitas de LED para destacar nichos, prateleiras em uma cozinha ou detalhes de um quartinho de bebê. Elas ajudam a criar um efeito de iluminação indireta e são muito versáteis.
Muitas pessoas possuem dúvidas para conseguirem iluminar áreas externas, como quintais, varandas, piscinas, entre outros espaços. Para ajudar você nisso, vamos trazer algumas dicas que podem auxiliá-lo neste processo. Veja, a seguir!
crie pontos de destaque no ambiente externo e que podem ser úteis para criar uma melhor iluminação. Por exemplo, pode-se colocar fitas de LED azul na borda de uma piscina, para criar efeitos interessantes;
fique atento com as instalações elétricas;
considere o melhor posicionamento da iluminação, para não criar áreas escuras e que desfavoreçam a sua área externa;
escolha equipamentos que são próprios para iluminação de áreas externas e que, portanto, terão resistência para situações como chuvas, vento, entre outros;
instale sensores automáticos, que iluminarão a região quando anoitecer, sem a necessidade de acionar interruptores para isso. Também pode-se pensar em sensores de presença, de forma a economizar energia e fazer com que o ambiente esteja iluminado sempre que houver presença de alguém no local. Isso pode ser interessante para ambientes de convivência (churrasqueiras, varandas, piscinas, etc.).
Escolhendo os melhores pontos de iluminação
Como dispor os elementos de iluminação para criar um ambiente bem iluminado e sem áreas de sombras que prejudicam a experiência no local? Vamos mostrar algumas dicas a seguir para isso.
sempre que possível, dê preferência à iluminação natural no período diurno;
utilize mais de um tipo de iluminação, quando necessário, para gerar um efeito interessante e trazer uma composição eficiente. Temos lâmpadas dicroicas convencionais ou de LED, fitas de LED que podem ser instaladas nos ambientes, lâmpadas fluorescentes, ou luminárias de pêndulo;
utilize luminárias ou abajures nos pontos em que ficar alguma sombra, devido à disposição do ambiente;
invista em luminárias direcionáveis, que permitem direcionar iluminação para campos específicos que necessitem de maior atenção;
para ambientes que precisam de pontos mais duros de iluminação, as fitas de LED podem ser um ótimo complemento. Sua facilidade é que, muitas delas, são compostas por adesivos, o que permite fácil instalação;
analise a funcionalidade dos ambientes: por exemplo, a sala de estar costuma ser multifuncional e, por isso, é preciso criar uma composição de iluminação que seja versátil. Assim, pode-se utilizar iluminação direta pelas lâmpadas, e indiretas por fitas de LED e abajures, bem como o uso de spots embutidos nos forros, criando jogos de luzes direta e indireta. Já no quarto, por exemplo, como é um ambiente de descanso, necessita de opções mais suaves;
considere utilizar dimmer para controlar a intensidade, podendo adequar a iluminação de acordo com as situações.
Combinando a iluminação com as cores do ambiente
Combinar a iluminação com as cores já presentes no ambiente pode causar um efeito interessante para a decoração do local. Afinal, a iluminação pode intensificar, amenizar ou, até mesmo, interferir nas cores escolhidas.
Quer ver um exemplo, paredes escuras (por exemplo, as paredes de cimento queimado, que são uma forte tendência no momento) podem sofrer alterações de luz quente (que tenham tons mais amarelados e alaranjados). Nesse caso, é mais interessante optar por luz fria para o ambiente, de forma a manter o padrão anterior. Já com paredes claras, pode-se utilizar lâmpadas quentes, sem maiores problemas.
Outro ponto é: se o ambiente é tradicionalmente escuro, mesmo com os pontos de iluminação trazidos, é importante considerar a possibilidade de trocar as cores das paredes, para tons mais claros. Isso ajuda a valorizar a iluminação natural e, assim, diminuir o consumo de energia para manter o local claro.
Como vimos, os tipos de iluminação oferecem inúmeras possibilidades para você iluminar sua casa adequadamente, levando conforto, dando funcionalidade e ressaltando a sua decoração. O projeto para aplicação da luz deve ser orientado por um profissional, mas, lendo este texto e observando o seu espaço, você consegue ter uma ideia do que poderá fazer e o que destacar na sua casa. Agora, só falta colocar a mão na massa!
Execução: Finger Haus Centro Sul – Projeto: Josi Barros Arq – foto: Lucas Rangel
O que achou do post de hoje? Gostou das nossas dicas sobre os tipos de iluminação? Ficou alguma dúvida sobre este tema? Então, deixe nos comentários e responderemos a você!
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