Quando falamos em arquitetura do futuro, não estamos querendo nos referir a prédios mirabolantes ou construções nunca antes imaginadas, como aquelas saídas de um filme dos anos 3000. Esse modelo tem por missão melhorar a vida das pessoas e o meio ambiente, — diante de novos desafios — e está mais próximo do que a gente imagina.
Neste texto, vamos apresentar 7 tendências para o mercado, como a sustentabilidade e a Internet das coisas, mostrar como elas vão transformar a experiência de quem habita os espaços, e muito mais!
Continue a leitura, aprenda mais sobre o tema e comece a aplicar esses conceitos agora mesmo em diferentes projetos!
1. Sustentabilidade
Você verá esse conceito no topo das tendências por um longo período. Boa parte das práticas do futuro já começaram a se desenhar agora, e uma delas é a questão da sustentabilidade. Não dá para pensar o amanhã sem levar em conta a poupança de recursos naturais e a otimização deles.
No campo da arquitetura, isso se concretiza por meio da análise do entorno e de seus ecossistemas para construir com o menor impacto possível. Também envolve o uso de materiais conscientes e o baixo consumo de energia, a otimização do uso energético para aquecimento, refrigeração e iluminação com prioridade para emprego de fontes renováveis.
Nesse cenário, ganham destaque as ações para reduzir, reciclar e reutilizar, a fim de tirar proveito máximo de cada recurso disponível. Há ainda a preocupação com o conforto higrotérmico, a salubridade e a ocupação inteligente dos edifícios. Ou seja, são projetos que pensam a partir de preocupações sociais, econômicas e ambientais.
2. Internet das coisas
A arquitetura do futuro também prevê mais integração com a tecnologia, a chamada Internet das coisas, ou Internet of Things (IoT). Trata-se de uma integração de dispositivos para gerir dados, acumular informações e facilitar o cotidiano, tornando as tarefas mais eficientes.
Na prática, isso pode ser realizado com a caixa de luz inteligente, que permite o controle de acendimento e consumo, uso de sensores em lâmpadas e torneiras para economizar recursos, automação de estacionamentos com sinalização de reservas de vagas e pagamento automático.
A internet das coisas permite o controle e a gestão de vários dispositivos eletrônicos a distância, como TVs, sistemas de cortinas, fechaduras modernas e até eletrodomésticos. Esses recursos podem, inclusive, se converter em tendências de decoração e valorizar diferentes imóveis.
3. Acessibilidade para atender à diversidade
A proposta futurista da arquitetura deve incluir ecossistemas, meio ambiente e, acima de tudo, pessoas. Assim, a ideia de prédios imponentes, com grandes escadarias majestosas para jovens e adultos capacitados, deve ser revista. É um modelo que exclui outras parcelas de usuários, prejudicando a experiência desses grupos.
O conceito de arquitetura inclusiva se preocupa com todas as pessoas que possam vir a ocupar o lugar. Não é à toa que engloba espaços mais amplos, banheiros adaptados e elevadores acessíveis entre suas principais soluções. O importante é garantir o máximo de conforto e a segurança dos usuários.
A arquitetura inclusiva também deve promover a autonomia e a independência de quem frequenta seus ambientes, no momento atual e no futuro. Ou seja, é crucial que o projeto funcione em diversos momentos e seja pensado no longo prazo, eliminando ou reduzindo a necessidade de adaptações.
4. Qualidade de vida
A arquitetura do futuro também deve ter foco no bem-estar do ser humano, já que isso impacta na qualidade de vida e na produtividade — principalmente quando falamos de um ambiente corporativo. Os projetos precisam levar em conta a harmonia entre os elementos, o conforto e a funcionalidade.
Esses aspectos remetem mais a uma abordagem interna do espaço, mas é necessário pensar também na parte externa e trabalhar com soluções que melhorem a segurança, a saúde e a mobilidade das pessoas. Isso exige um trabalho alinhado com o paisagismo e o urbanismo da região.
O comprometimento com a qualidade dos espaços internos deve se estender para fora, para as cidades, de modo que se forme um grande conjunto de espaços acolhedores à vivência humana.
5. Integração dos ambientes
Outra tendência para a arquitetura do futuro é a redução dos limites presentes entre os espaços construídos. Por uma questão de estética e funcionalidade, os imóveis modernos vêm sendo concebidos com menos divisórias internas. É uma solução que gera ganho de área útil e favorece o aproveitamento de recursos.
Ambientes integrados recebem muito mais luz e ventilação natural, o que reduz a necessidade de lâmpadas para iluminar e de climatização artificial. Com a pandemia, houve um aumento da preferência pelos espaços abertos e conectados, visto que mantêm os moradores mais próximos e participativos nos momentos em família.
A questão da integração também traz versatilidade para adaptar os espaços conforme o tipo de uso. Para que isso funcione, a mobília modular e personalizada faz toda a diferença. Isso porque é pensada de acordo com o perfil e a rotina dos moradores, podendo ser ajustada sempre que surgir a necessidade.
6. Móveis com design inovador
A arquitetura do futuro certamente receberá muita mistura de estilos, principalmente em peças móveis. Nos últimos tempos, um conceito que ganhou destaque e promete continuar nos projetos é o design biofílico. Trata-se de uma solução que reproduz características dos ambientes naturais nos espaços construídos.
Projeto: Studio Artha / Rafaela Dienstmann Designer – Execução: Finger Novo Hamburgo – Foto: Eduardo Liotti
Assim, espere encontrar móveis cada vez mais inovadores, com formas orgânicas e dinâmicas. Outra aposta é embutir algumas peças nas paredes para criar cantinhos com assentos, como se fossem grandes nichos que abrigam pessoas. O importante é trabalhar a ousadia sem perder conforto e funcionalidade.
Vale lembrar que a mobília planejada é a melhor escolha para compor espaços inteligentes. Afinal, pode ter todos os seus detalhes feitos sob medida, com os melhores materiais e acabamentos.
7. Cantinhos aconchegantes
Mais um reflexo da pandemia foi a valorização das pequenas coisas, o que inclui a retomada dos hobbies e a convivência prolongada com pessoas queridas. Nesse sentido, o investimento em espaços exclusivos para curtir o lazer em casa ganha cada vez mais importância.
Pode ser desde um cantinho da leitura até uma varanda decorada para receber os amigos. É claro que os recursos da obra precisam ser cuidadosamente selecionados para proporcionar o aconchego esperado em cada proposta.
Como vimos, a arquitetura ou a atuação ideal de um arquiteto será aquela que se preocupa não só em fazer grandes construções, mas em obtê-las sem impactos negativos em seu entorno, trazendo mais qualidade de vida para as pessoas e pensando no meio ambiente.
Isso é possível economizando e otimizando recursos naturais durante a obra e ao longo de sua existência. Para isso, vale contar com a tecnologia, a Internet das coisas e tudo o que possibilitar a concepção de espaços mais confortáveis e justos para todos. Esse é o caminho para uma boa aplicação da arquitetura do futuro.
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