A arquitetura vernacular é um estilo que se baseia no uso de materiais e técnicas construtivas que valorizam a preservação do meio ambiente. Em geral, ela possui um caráter cultural, que prioriza métodos tradicionais da região onde é aplicada.
Por isso, a arquitetura vernacular é tida como uma alternativa sustentável que busca reduzir os impactos à natureza e preservar a identidade de determinada população. Suas características têm ganhado notoriedade, sendo aplicadas nos mais diversos projetos contemporâneos ao redor do mundo.
E você, já ouviu falar em arquitetura vernacular? Acompanhe a seguir e confira mais informações sobre esse conceito!
A arquitetura vernacular é um gênero que combina regionalismo e tradição. Em geral, esse estilo apresenta um forte caráter cultural e profunda conexão com a sustentabilidade, já que utiliza recursos que priorizam a conservação do meio ambiente e da natureza.
A ideia é implementar soluções que se adaptem ao clima, à temperatura e às condições da região e de seus moradores. Mesmo parecendo um estilo simples, a arquitetura vernacular também valoriza o conforto e a funcionalidade, que são elementos essenciais em qualquer construção.
Ao contrário da arquitetura erudita, que se baseia em elementos de design e estética, a arquitetura vernacular prioriza a praticidade nas construções. Apesar de distintos, os estilos muitas vezes se complementam e apresentam características funcionais e estéticas de ambos os tipos arquitetura.
Em geral, um projeto de arquitetura vernacular utiliza métodos construtivos relacionados à região onde será construído. As técnicas empregadas são relativamente simples e de menor custo, e difundem soluções construtivas que podem reduzir significativamente os impactos ambientais.
Os conceitos que definem a arquitetura vernacular foram criados ainda na pré-história. Ela surge com a necessidade dos seres humanos em construir abrigos para se proteger das condições e dos riscos climáticos, se constituindo, portanto, em uma forma primária de habitação.
No período neolítico, quando as populações deixaram de ser nômades, gradualmente foram surgindo povoamentos fixos e construções. Grande parte dos materiais utilizados foram de madeira, coberturas vegetais, barros e tijolos ecológicos.
Ao longo do tempo, a arquitetura vernacular foi sendo adaptada às mais diferentes regiões. No Brasil, esse estilo é facilmente reconhecido em aldeias indígenas, uma vez que apresentam características dessa tipologia arquitetônica. Todas essas obras são marcadas pela simplicidade e pelo uso de materiais locais, que contribuem para amenizar os problemas bioclimáticos.
Você deve ter percebido que a arquitetura vernacular está diretamente relacionada à cultura, ao regionalismo, às tradições e à funcionalidade, não é mesmo? Por conta disso, esse estilo é bastante apreciado por pessoas de todo o mundo.
Na arquitetura tradicional, especialmente dos grandes centros urbanos, muitas vezes são adotados materiais e métodos construtivos estrangeiros, que quase sempre se divergem das condições climáticas de cada região.
A arquitetura vernacular, por outro lado, busca valorizar a preservação ambiental e a identidade cultural das populações. Confira a seguir as 7 características mais marcantes da arquitetura vernacular.
Por priorizar a funcionalidade, muitas vezes a arquitetura vernacular não segue um padrão estético. As construções são desenvolvidas tendo como base os costumes dos mais diferentes povos ao redor do mundo.
Além de tudo, as obras podem variar, devido às mudanças de clima em cada região. As fachadas externas, por exemplo, geralmente são pintadas com cores claras e contam com pequenas aberturas. As estruturas são construídas diretamente sobre o solo e podem ter paredes mais grossas ou mais finas, a depender da temperatura do local.
Da mesma forma, a arquitetura vernacular também é adaptada às condições de cada local. Os materiais escolhidos para a obra são simples e naturais da região, ao mesmo tempo em que valorizam o conforto e a sustentabilidade.
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Em climas mais frios, por exemplo, as estruturas geralmente são elevadas do chão e as paredes são mais espessas. Enquanto isso, em regiões mais quentes, os materiais utilizados na obra costumam ser mais leves e com predominância de telhados inclinados, que permitem maior ventilação.
Outra importante marca da arquitetura vernacular é o uso de materiais naturais nas construções. Madeira, bambu, palha, argila, terra, pedras, entre outros recursos, podem ser utilizados para a edificação de casas.
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A ideia é justamente valorizar os materiais de cada região e reduzir o custo de construção das residências, sem danificar ou agredir o meio ambiente e a natureza ao redor.
A arquitetura vernacular também está diretamente relacionada às tradições culturais de cada população. O conhecimento costuma ser passado de uma geração para a outra, preservando técnicas tradicionais e específicas de cada local do mundo.
Como cada lugar conta com uma singularidade própria, além de questões geográficas e culturais distintas, a arquitetura vernacular surge como uma alternativa flexível e facilmente adaptável aos diferentes climas e temperaturas.
Justamente por valorizar os elementos naturais de cada região, a arquitetura vernacular é intimamente relacionada à sustentabilidade construtiva. Com isso, são poucos os impactos gerados para levantar uma casa ou até mesmo um edifício.
Além de que, não é necessário adquirir materiais de outro local ou país. A ideia é, portanto, incorporar a própria natureza e seus recursos mais abundantes diretamente nas construções.
Como grande parte dos materiais utilizados na arquitetura vernacular são naturais, as obras apresentam maior conforto, sensação de aconchego e funcionalidade. Em geral, os materiais são escolhidos de acordo com o clima e a temperatura, justamente para promover uma melhor sensação térmica.
Mesmo que esse estilo arquitetônico se baseie em elementos naturais e locais, isso não quer dizer que o conforto deve ser deixado de lado. Por outro lado, as construções trazem mais bem-estar e qualidade de vida, além de possibilitar uma significativa redução de custos.
A funcionalidade é, sem dúvidas, uma das características mais marcantes da arquitetura vernacular. As estruturas das casas são construídas considerando a praticidade, o conforto e a adaptação às condições locais, topográficas e climáticas.
Pátios e varandas, por exemplo, são ambientes bastante comuns em obras vernaculares. Esses espaços são muitas vezes projetados para amenizar a temperatura e promover maior ventilação no imóvel. O maior objetivo, portanto, é manter a funcionalidade para facilitar o cotidiano dos moradores.
Existem diversos exemplos de arquitetura vernacular ao redor do mundo. No Iraque, por exemplo, as casas Ma’dan Reed Houses são feitas de colunas, paredes e arcos, envolvidos por juncos que crescem ao redor dos pântanos do local.
Os bangalôs de Chicago, nos Estados Unidos, também são uma importante forma de habitação familiar própria da cidade. Geralmente, os bangalôs são encontrados ao redor de Chicago, nas periferias, e trazem elementos que combinam técnicas construtivas e religião.
Você deve ter percebido que a arquitetura vernacular é única e adaptada a cada região do mundo, não é mesmo? Por isso, o estilo se torna ainda mais especial e ideal para quem busca originalidade, criatividade e melhor custo-benefício no momento de construir.
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